terça-feira, 29 de março de 2011

PRINCIPIOS DA AGLUTINAÇÃO

O princípio das reações de aglutinação e precipitação, fundamentalmente é o mesmo. Os resultados obtidos é que tomam rumos diferentes. As reações de aglutinação promove a fixação do anticorpo na superfície das hemácias e a fixação do alérgeno na superfície da IgE .
Com as reações de aglutinação, formam-se agregados suficientemente grandes, de células interligadas por pontes moleculares de anticorpos que se combinam simultaneamente com determinantes antigênicos iguais, porem situados em células diferentes.
Na reação de aglutinação ocorre o fenômeno de pró-zona, semelhante ao processo que ocorre na reação de precipitação onde alguns anticorpos não conseguem precipitar o antígeno quando estão em maiores quantidades. Para evitar este fenômeno, se faz necessário utilizar soros diluídos para se observar à aglutinação.
Alguns anticorpos, ditos incompletos ou bloqueadores, são incapazes de aglutinar as hemácias. A explicação está na dificuldade de acessar o antígeno na superfície da hemácia, porque o determinante antigênico deste antígeno está localizado na região intramembranar, e/ou as cargas elétricas presentes na membrana da hemácia dificultam o acesso do anticorpo. Um tratamento enzimático da hemácia com tripsina, papaína ou bromelina melhor expõem estes antígenos e altera as cargas elétricas da membrana da hemácia favorecendo a reação com o anticorpo.

segunda-feira, 21 de março de 2011

ANTÍGENOS


Os antígenos são substâncias que podem ser reconhecidas pelas células T, células B ou ambas através de receptores representados por anticorpo ou TCR (receptor de célula T) particular.
• Antígeno completo ou imunógeno: é capaz de ativar uma resposta imune.
• Antígeno incompleto: não é capaz de ativar uma resposta imune.
Um antígeno também pode ser considerado como toda partícula ou molécula capaz de iniciar a produção de um anticorpo específico. Eles são substâncias que não são reconhecidas pelo sistema imunológico como próprio do corpo.
Um antígeno pode ser uma bactéria ou um fragmento dela, um vírus ou até uma substância qualquer.  Quando o sistema imunológico apresenta uma resposta acima da  considerada normal, dizemos que a pessoa apresentou uma alergia, estimulam a Produção de Anticorpos.
Cada tipo básico do sistema ABO produz um antígeno que é a característica do sangue e um anticorpo contra os outros tipos de sangue.
Sangue O, Antígeno H e Anticorpo Anti A e Anti B; Sangue A, Antígeno A e Anticorpo Anti B; Sangue B, Antígeno B e Anticorpo Anti A; Sangue AB, Antígeno AB e Não produz Anticorpos.

sexta-feira, 4 de março de 2011

COMO OCORRE REJEIÇÃO DE ORGÃOS NOS TRANSPLANTES?


          O transplante de órgãos é talvez o procedimento mais "anti-natural" da medicina. Se há algo que a natureza não está preparada é para a troca de órgãos entre seres. Na verdade, milhões de anos de evolução jogam contra esse procedimento. Todos os seres que vivem no planeta, só estão vivos pelo fato de seus organismos terem aprendido a reconhecer e a combater células e moléculas estranhas que invadam nosso organismo. O corpo humano (e o de milhares de outras espécies) aprendeu que tudo que vem de fora é potencialmente fatal e deve ser combatido. E isso foi verdade até o momento em que o homem resolveu transplantar órgãos.
          Nosso sistema imune é programado, desde a época embrionária, para diferenciar os genes de nossas células dos genes de organismos invasores. O nosso corpo não sabe distinguir o que é perigoso do que benéfico, por isso, se comporta da mesma maneira com um órgão transplantado ou com uma bactéria. Ele apenas ataca tudo que não for "original de fábrica".
          Existe um grupo de genes nos humanos, chamado de HLA, que são os responsáveis por essa diferenciação entre o que é nosso e o que é estranho. É como se esses genes colocassem um crachá com foto em todas as nossas células.
           Toda vez que uma célula de defesa circulante no sangue (glóbulos brancos) encontra uma célula com um "crachá" diferente, soa um alarme no sistema imune que convoca um batalhão de outros glóbulos brancos para atacar e destruir este ser invasor.
           A chamada rejeição do transplante nada mais é do que nosso sistema de defesa destruindo um órgão transplantado. Para o nosso sistema imune, aquele rim ou coração transplantados, são um conjunto de células invasoras que podem estar colocando nossa vida em risco. A ordem é simples: destruir tudo que for diferente ao que existia quando nascemos.
           Como gêmeos idênticos são geneticamente iguais, o organismo o reconhece o órgão transplantado como próprio e não como um invasor.
           Todos os doentes transplantados, portanto, precisam ser medicados com drogas que inibam nosso sistema imune. As drogas basicamente deixam as células de defesa confusas. Elas olham um "crachá" diferente mas não notam a diferença, ou notam mas não conseguem convocar reforços para atacar o invasor.
           Isso é muito bom para o órgão transplantado, mas é péssimo caso aconteça uma invasão por bactérias ou vírus. O desafio da medicina é impedir a rejeição do órgão sem atrapalhar o sistema de defesa contra germes invasores. Por isso, o transplante é um procedimento extremamente complexo.
            As drogas atuais agem no sistema de defesa mas não consegue enganá-lo por muito tempo. O processo de rejeição é lentificado, mas sempre ocorre. Nos primeiros transplantes realizados no início do século XX, a rejeição ocorria imediatamente sem que o órgão sequer funcionasse. Há alguns anos, as drogas conseguiam evitar a rejeição por pouco tempo. Até o final da década de 80, a maioria dos pacientes perdia o órgão transplantado com 1 ano. Hoje em dia, um transplante é considerado um sucesso se durar pelo menos 10 anos. Existem casos de pessoas com até 30 anos de transplante.

TRANSPLANTE DE ORGÃOS



O primeiro relato de um transplante de órgão data do século II A.C. na Índia. Desde essa época já se transplantava pele de uma região do corpo para outra como tratamento de queimaduras e feridas graves.
Porém, o transplante de órgãos entre indivíduos diferentes só foi possível a partir do século XX. Depois de séculos de fracassos, o primeiro transplante de sucesso ocorreu em 1954 nos E.U.A. Foi um transplante renal realizado entre 2 irmãos gêmeos idênticos.
Transplante de órgãos. Nesta época já se sabia que o sistema imune impedia a troca de órgãos entre seres, e a inexistência de protocolos de drogas imunossupressoras limitava os transplante à aqueles que possuíam irmãos gêmeos. Como se sabe, gêmeos idênticos são geneticamente iguais, assim como um clone.
Na mesma década de 1950, duas novas drogas imunossupressoras foram descobertas. Os corticóides (cortisona) e a azatioprina passaram a ser usadas, abrindo espaço para a evolução do transplante entre indivíduos diferentes.

O PAPEL OU PARTIPAÇÃO DOS ORGÃOS SECUNDÁRIOS DA RESPOSTA IMUNOLÓGICA ADPTATIVA


Assim como a mente humana permite que um indivíduo desenvolva um conceito do eu intelectual, o sistema imune provê um conceito do eu biológico. A função do sistema imune é defender o corpo contra invasores. Os micróbios (germes ou microrganismos), as células cancerosas e os tecidos ou órgãos transplantados são interpretados pelo sistema imune como algo contra o qual o corpo deve ser defendido.
Embora o sistema imune seja complexo, a sua estratégia básica é simples: reconhecer o inimigo, mobilizar forças e atacar. Compreender a anatomia e os componentes do sistema imune torna possível ver como essa estratégia funciona.
O sistema imunológico tem como função reconhecer agentes agressores e defender o organismo da sua acção, sendo constituído por órgãos, células e moléculas que asseguram essa protecção.
O sistema imune mantém seu próprio sistema de circulação (os vasos linfáticos), o qual permeia todos os órgãos do corpo, excetuando-se o cérebro. Os vasos linfáticos contêm um líquido pálido e espesso (linfa) formado por um líquido carregado de gordura e de leucócitos
Os tecidos linfóides são classificados em órgãos geradores (primários), onde os linfócitos expressam inicialmente os receptores de antígenos e atingem a maturidade fenotípica e funciona, e em órgãos periféricos (secundários), onde as respostas dos linfócitos aos antígenos estranhos são iniciadas e desenvolvidas. Um dos órgãos linfóides geradores é a medula óssea que tem a função de gerar todas as células sanguíneas circulantes no adulto, incluindo os linfócitos, sendo o local em que as células B se desenvolvem.
O timo é um órgão formado por dois lobos, situado no mediastino anterior e é o local onde os linfócitos T se desenvolvem. Os linfonodos são órgãos nos quais as respostas imunológicas adquirida são iniciadas e o baço é o principal local de respostas imunológicas a antígenos provenientes do sangue, as placas de Peyer são aglomeradas de nódulos linfáticos associado ao intestino (GALT) localizados principalmente na mucosa do íleo que produzem plasmócitos que secretem IgA-secretória para a mucosa, para proteger esta da ação de micróbios que vivem em simbiose conosco ou micróbios patogênicos, as tonsilas são aglomerados de nódulos linfáticos revestidos apenas de epitélio. Estão localizadas na cavidade bucal, sendo conhecidas como tonsilas palatinas; próximas ao arco palatofaríngeo, na parte posterior da língua, constituindo as tonsilas linguais, e na parte posterior da nasofaringe encontramos as tonsilas faríngeas e tem função de produzir plasmócitos que secretem IgA-secretória para a mucosa.